domingo, 9 de março de 2008

O meu caminho

Tinha-me deitado tarde no dia anterior, e o despertador tocava de 10 em 10 minutos a partir das 7 e 30. Estava a morrer de sono e deixei-me dormir mais uma hora. Ou seja, so acordei as 8 e 30. eheh. Não fosse a ansiedade e a vontade de me levantar tinha-me deixado ali ficar, além disso as 8 e 30 já Bruno devia estar a minha espera lá em baixo. Mas não! Também ele estava atrasado! Enfiei umas coisas pela M64 dentro, vesti-me em 2 minutos e quando já parado e na segunda colher de chocapic com leite recebo a chamda dela para descer.

Estávamos então a caminho de Lisboa mas cada um para seu lado. Fiquei no martim moniz e comecei a subir por ali fora até ao caracol da graça. " - O caracol da graça? oh menino não vá por ai que isso é muito perigoso, tá cheio de drogados que o assaltam e todos os dias tá ai a polícia para os apanhar!" - já quase que me agarravam duas senhoras da rua para eu não subir por ali. Então dei a volta, segui o caminho do elétrico e lá cheguei um pouco atrasado. Era para lá estar às 9 e 30 da manhã. Sentei-me e apreciei a vista num dos vários bancos estendidos ao sol no miradouro da graça. Estava à espera que algo acontecesse e nada! Mas quando olhei para trás vinha direito a mim o jovem na idade so 20 para me perguntar o nome, a idade e de onde e era, quando pensei para mim que deveria estar integrado na actividade.
- Chamo-me David e sou de Sintra!
Pousou mochila no banco do meu lado esquerdo e sentou-se enrolando umas ervas que tirou do bolso num pequeno cigarro que acabou por acender passado um minuto.
- Porque estás assim vestido? - tinha uma prenúncia um pouco estranha e era um português falado por um estrangeiro que tinha vivido cá durante uns meses.
- Sou escoteiro! - Respondi.
Mas não costumam andar juntos? O que é isso dos escoteiros e o que fazem? Porque estás sozinho?
- Bem estou a procura do meu caminho... Há alguma fora de me ajudares?
Olhou-me de uma forma estranha e riu-se.
- Mas porque é que havia de te poder ajudar?
- Bem, normalmente nas minhas actividades quando vêm ter comigo têm alguma coisa para me dar!
- Mas precisas de comida? O que queres? não percebo! - Riu-se outravez.
Realmente já estava a ficar atrapalhado, já não percebia se ele estava ali para ma ajudar ou não, mas a conversa prolongou-se por mais uma hora e bem interessante, filosofámos e conversamos sobre as suas viagens e a escola. Ele era francês.
Aprendi que é bem mais fácil comunicar do que achava. O meu avontade era o de um escoteiro num actividade a conversar com uma personagem desconhecida, mas apercebi-me de que o avontade com os outros não é difícil, constroi-se!
Ás 10 e tal quase 11, foi-se embora, ia a feria da ladra e ainda ia ter com a namorada, e perguntei-lhe ainda com esperança, "E eu??? Para onde vou???", "Ele riu-se e disse sei lá!". Passados ainda 5 minutos ao sol e admirar a cidade e o rio cheguei a conclusão que não podia ficar parado. Fui procurar uma mensagem e encontrei um envelope com o meu nome num arbusto. Abri e tinha uma mensagem mais ou menos assim:

Aqui, um presente, o teu ponto de partida.
Onde queres chegar?

...no fim deste dia
...daqui a 6 meses
...daqui a 2 anos

Hoje é o teu dia, idealiza, prepara e realiza.
Segue o teu caminho...

E na parte de trás o símbolo de uma tronca...
Comprei uma caneta e um bloco, puz-me a escrever e fui passear por Lisboa. A cidade estava mais mexida aquela hora, mais pessoas e mais carros. Pensei para mim em em como as tradições e hábitos são os mesmos e a cidade é igual mas as pessoas são diferentes consoante e espaço e o tempo. Nós mudamos mas a nossa força não está só na mudança interior, está Também em mudar o mundo e talvez mesmo os outros. Quero sentir que mudei-me a mim e ao mundo e provar aos outros que não é difícil. Que seguindo as nossas escolhas, "os nossos caminhos" contribuimos para a mudança!
Passei na feira da ladra onde aproveitei para comprar a minha farda 3, (Adoro feiras e mercados com montes de coisas antigas e modernas, todas diferentes), e ainda fui ao castelo de S. Jorge. Graças à prequiça em levantar-me de manhã, e à pressa para preparar tudo, almoçei pouco e pelo caminho. Recebi uma mensagem da Inês para ir ter ao jardim Camilo Castelo Branco ao lado do "marques" e foi o que fiz. Aí nos encontrámos todos menos o Rui que não tinha trazido telemovel e por isso não recebeu a mensagem. A partir daí fizemos a actividade juntos, eu, o Bruno e o Madeira. Vesitámos a sede do Grupo 7 onde o chefe nos entregou uma mensagem e a partir daí seguímos instruções até chegar ao cabo espichel onde encontrámos o Rui trazido pelo Tio. Juntamo-nos à Inês que já estava e realizámos uma cerimónia para a entrega de escalpes e jarreteiras. Nessa noite partilhámos as experiêncas de cada um...

Foi Um dia muito especial para mim, e adorei a actividade, sinto-me como se soubesse tanta coisa nova, e tivesse tantos segredos só meus mas que só aqueles que passaram pelo mesmo percebem! Sinto-me especial nesta nova divisão e com muita ansiedade por descobrir, encontrar, procura, desvendar, usufrir da minha criatividade e utilizar os sinónimos de seguir um caminho só meu. Estou basante ansioso...

Foi uma grande passagem...

David Sousa 2007-12-10

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