domingo, 9 de março de 2008

Aspirante a Caminheiro

Pela primeira vez na minha vida tive de estar sozinho na minha caminhada.
Esta caminhada começou no alto do parque Eduardo VII, estava ansioso, e na espectativa de uma passgem para o clã muito atribulada! Pois fazer parte do clã do grupo 93 sintra tem de ter qual quer coisa de especial, sem duvida que foi mesmo muito especial! Cheguei ao sitio certo mas à hora errada, um pouco atrazado, mas não impediu que a minha passagem correce bem. Começei por esperar por alguma coisa, esperei mais um pouco e fui perguntar a uma senhora do comercio ambulante se estava no local certo e se por acaso tinha visto algum escoteiro por volta das 9.30h, para garantir que não estava atrazado. Bem procurei á volta da fonte por uma mensagem ou de algo relacionado com os escoteiros, mas nada, passado alguns minutos utilizei uma das minhas mensagens da vergonha!
A mensagem de resposta dizia para eu procurar nos arbustos que contemplavam a cidade, bem o parque tem uns arbustos que fazem uns dezenhos lindissimos, aqueles que vemos nas fotografias. Pus-me a procurar com muita calma pela mensagem e nada, entretanto umas criançinhas gozavam comigo! Foi entao que pensei "a contemplar" os arbustos têm de estar mais para cima! Fui adando com calma, passei a estrada para um mini-parque com uns banquinhos, e ao lando de um arbusto encontrei um envelope com o meu nome! A partir desse momento a minha cabeça começou a trabalhar, a idealizar! Cheguei a conclusão que não podia estar quieto e cria estar ao pé do mar, queria refletir e tinha de ser inspirado! nada melhor que belem, um simbolo dos descobrimentos e lá fui eu adando.
Desci a avenida da liberdade, passei pelo posto de turismo e trouxe um mapa de lisboa e mais uns panfelhetos.
Na baixa comprei pão com chouriço, encontrei uns escuteiros a cantarem e a pedirem esmola (so mesmo os cne´s) e ainda me ofereceram uma flor que continha uma mensagem religiosa.
Quando cheguei ao museu da luz, fez-se luz na minha cabeça e pus-me a escrever no meu livrinho.
Por esta altura recebi uma mensagem a dizer para estar no jardim Camilo Castelo Branco perto do "Marques", pois bem ninguem conhecia esse local, até que alguem me disse para ir até à avenida da liberdade a uma rua com o nome de Camilo Castelo Branco. Fiquei muito desanimado, estava tão longe, tive que apanhar transportes para chegar a tempo! Fui de comboio até ao cais sodré. Onde apanhei o metro, como a linha azul estava cortada entre o marquês e a baixa tive de fazer a linha verde até ao Campo Grande, onde mudei para a linha amarela e fui até ao Marquês. Foi uma bela viagem e que deu para passear pelo metro, transporte que quase nunca utilizo.
Bem, no jardim encontrei-me com o David e o Madeira, tinhamos muito para conversar! Estavamos todos intusiasmados e super divertidos! Fomos dar uma vista de olhos à famosa casa-de-banho do grupo do Marquês de Pombal (foi o proprio chefe que assim denominou a sua sede). Recebemos uma mensagem pelo chefe, que nos deu indicações para irmos juntos seguir as indicações da mensagem, eu a pensar que iamos andar sempre sózinhos, é individual!
Como seguimos à regra todas as indicações fomos ter ao farol do cabo espichel, onde o Rui se veio juntar a nós. Perto do farol, ao lado de um marco geodesico, realizou-se a cerimonia da entrada dos novos elementos para clã.
A nossa chefe ao dar-nos um escalpe com as cores das várias divisões do grupo, colocou em nós muita sabedoria, ao dar-nos umas jarroteiras vermelhas deu-nos um enorme espirito de criatividade e tornou-nos capazes de fazermos qualquer coisa.
A noite foi curta, depois de cada um de nós contar um pouco do seu dia, com grande intusiasmo e risota, pois cada um tinha tido uma experiencia unica, caimos no sono (mas so depois da chefe!).
No dia seguinte, o nosso primeiro dia de aspirantes a caminheiro, foi muito construtivo ficamos a perceber tudo sobre o clã, tudo o que se possa imaginar e melhor ainda, ficamos com ideias na cabeça para idealizarmos!
Muita magia passou por esta passagem, a verdadeira magia de ser escoteiro mas sem fantástico, porque ja somos homens adultos, mas com um caminho muito longo para percorrer, onde vamos encontrar muitas biforcações.

Bruno Oliveira 2007-12-18

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